Sinus pilonidalis

O que é?

O sinus pilonidalis é uma patologia muito frequente, cujo nome vem do latim “pilus”, que significa pelo, e de “nido”, que significa ninho. Representa um sinus (seio), ou quisto, com pelos localizados na região sacrococcígea (no início do sulco interglúteo).

Surge como reação a um corpo estranho aos pelos na linha média interglútea. Esta reação inflamatória produz, com frequência, um abcesso que é a causa da dor local, eritema (rubor cutâneo) e inclusive febre. Em muitas ocasiões, este abcesso necessita de ser drenado através de uma incisão na pele.

Uma condição imprescindível para a presença do sinus pilonidalis são os pequenos orifícios na pele que aparecem na linha média interglútea e que são a origem dos trajetos fistulosos, ou seja, de pequenos “túneis” que comunicam um foco patológico com um órgão ou estrutura.

O sinus pilonidalis também é designado por sinus pilonidais, sinus pilonidal sacrococcígeo, quisto pilonidal, quisto sacrococcígeo, doença pilonidal ou quisto dermoide sacrococcígeo.

A incidência (número de casos novos por ano) do sinus pilonidalis é de 26 casos por cada 100.000 habitantes. É muito mais frequente em homens adultos jovens, em que a incidência é de 1,1%. A maior incidência no sexo masculino deve-se à maior quantidade de pelo existente no corpo dos homens.

O sinus pilonidalis aparece mais frequentemente associado à obesidade, a uma ocupação sedentária, irritação local ou trauma. A higiene pessoal não tem influência no aparecimento desta patologia.

Tratamentos

As técnicas para o tratamento do sinus pilonidalis têm variado pouco ao longo dos anos.

Excisão com ou sem encerramento primário

O tratamento mais comum é a excisão em bloco com ou sem encerramento primário, ou seja, encerrar a ferida com pontos ou deixá-la aberta para cicatrização secundária.

A técnica da excisão com encerramento primário não deve ser feita com a cicatriz na linha média, porque está mais associada a recidivas.

Excisão com encerramento lateral

A técnica com encerramento lateral ou com retalhos tem menos recidivas. Os inconvenientes desta técnica são a dor pós-operatória produzida se houver tensão entre os bordos do encerramento, a possibilidade de infeção que obriga a uma drenagem e a grandes cicatrizes.

Excisão com cicatrização secundária

A técnica de excisão em bloco com cicatrização secundária não produz tanta dor e não tem risco de infeção. No entanto, o encerramento completo da ferida é mais prolongado.

Marsupialização

É uma técnica que consiste em abrir todos os trajetos do sinus pilonidalis, sem realizar excisão total e cicatrização por segunda intenção. Esta técnica tem a vantagem de não ter locas (cavidades) tão grandes – pelo que demora menos tempo a cicatrizar – mas tem o inconveniente de poder recidivar se não se tratarem todos os trajetos.

Laserterapia

Desde 2018 realizo esta técnica inovadora para o tratamento do sinus pilonidalis.

Consiste na curetagem (ação de raspar e limpar com uma cureta o interior de uma cavidade orgânica ou patológica) dos trajetos e na obliteração dos mesmos com energia laser (laserterapia).

O procedimento é realizado através dos próprios trajetos do sinus pilonidalis sem necessidade de fazer mais incisões.

O aparelho de laserterapia é composto por um gerador e uma sonda de emissão radial de laser: a energia é emitida desde a ponta da sonda e aplicada de forma uniforme com uma longitude de onda de 1470nm e 10watts, induzindo a destruição do epitélio escamoso do sinus e obliterando o trato. A profundidade de penetração da energia é de 2-3mm.

Esta técnica baseia-se na limpeza dos trajetos para tirar todo o tecido de granulação que existe nos quistos para permitir depois uma cauterização com energia laser que leve a uma cicatrização dos trajetos, de forma que não fiquem locas onde possa produzir-se posteriormente.

Trata-se de uma técnica minimamente invasiva que permite uma recuperação mais rápida, e o procedimento é realizado de forma ambulatória, ou seja, a pessoa não precisa de dormir no hospital.

A evolução habitual no pós-operatório é a seguinte:

  • Nos primeiros 2-3 dias não existe dor
  • Ao 2-3 dia inicia-se uma dor por acumulação de secreções na loca. Imediatamente começa uma drenagem de líquido pela ferida e alívio da dor
  • A drenagem vai-se manter durante 3-4 semanas
  • A média até ao encerramento é de 5 semanas, podendo variar conforme os doentes.

Laserterapia

Desde 2018 realizo uma técnica inovadora para o tratamento do sinus pilonidalis.

Consiste na curetagem (ação de raspar e limpar com uma cureta o interior de uma cavidade orgânica ou patológica) dos trajetos e na obliteração dos mesmos com energia laser (laserterapia). O procedimento é realizado através dos próprios trajetos do sinus pilonidalis sem necessidade de fazer mais incisões.

O aparelho de laserterapia é composto por um gerador e uma sonda de emissão radial de laser: a energia é emitida desde a ponta da sonda e aplicada de forma uniforme com uma longitude de onda de 1470nm e 10watts, induzindo a destruição do epitélio escamoso do sinus e obliterando o trato. A profundidade de penetração da energia é de 2-3mm.

Esta técnica baseia-se na limpeza dos trajetos para tirar todo o tecido de granulação que existe nos quistos para permitir depois uma cauterização com energia laser que leve a uma cicatrização dos trajetos, de forma que não fiquem locas onde possa produzir-se posteriormente.

Trata-se de uma técnica minimamente invasiva que permite uma recuperação mais rápida, e o procedimento é realizado de forma ambulatória, ou seja, a pessoa não precisa de dormir no hospital.

A evolução habitual no pós-operatório é a seguinte:

  • Nos primeiros 2-3 dias não existe dor
  • Ao 2-3 dia inicia-se uma dor por acumulação de secreções na loca. Imediatamente começa uma drenagem de líquido pela ferida e alívio da dor
  • A drenagem vai-se manter durante 3-4 semanas
  • A média até ao encerramento é de 5 semanas, podendo variar conforme os doentes.

Pós-tratamento

Recomendações úteis para garantir os melhores resultados a longo prazo.

Cuidados a seguir no pós-operatório
Resultados
Depilação

É importante realizar uma boa depilação para diminuir as recidivas e melhorar a evolução do sinus pilonidal.

A área a depilar deve incluir desde a parte posterior do ânus, toda a linha interglútea e região sacra e lateralmente os pelos que crescem em direção à linha média.

O mais cómodo é realizar uma depilação definitiva por laser, mas se não se optar por esta modalidade, podem fazer cera (cada 3-4 semanas) ou rapar com Gillette (2-3 vezes/ semana).